Após a Operação Penalidade Máxima ter evidenciado o gigantesco problema em torno da manipulação de resultados no futebol brasileiro, deputados estaduais do Paraná debateram nesta segunda-feira (12) mecanismos de combate ao problema. A discussão, realizada na primeira secretária da Assembleia Legislativa do Paraná, foi conduzida por um escritório de advocacia de Curitiba especializado no assunto.
Os advogados Pedro Gurek e Thuan Gritz apresentaram aos deputados como funciona o mundo de apostas esportivas, como são obtidas as licenças de jogos no exterior (Malta e Curaçau) e como são constituídas as empresas também foram do país. Para eles, o problema de manipulação é grave, mas é possível criar mecanismos de controle. As sugestões partem desde a cooperação internacional e a educação das pessoas à estruturação de práticas mais robustas, como criação de central de denúncias dentro dos clubes, delegacias dedicadas nesse tipo de crime e grupos de trabalhos especializados dentro no Ministério Público. Além disso, eles sugeriram a regulamentação da lei federal sobre o tema, possibilitando arrecadação dos tributos dentro do Brasil.
Alexandre Curi disse que o Poder Legislativo pode auxiliar na fiscalização. “É importante debatermos esse tema grave, que prejudica o esporte e sua credibilidade em todo o mundo. Cerca de 12% das fraudes no futebol mundial acontecem no Brasil e não podemos permitir que isso aconteça. Depois de receber essas informações vamos discutir ferramentas para que possamos ajudar”, comentou.
Também participaram do encontro os deputados estaduais Alisson Wandscheer, Tiago Amaral, Moacyr Fadel, Marli Paulino, Matheus Vermelho, Bazana e o deputado federal Toninho Wanscheer. Vereadores de Curitiba, Marcelo Fachinello (PSC) e Tico Kuzma (PROS), também estiveram presentes.